
No sul dos Estados Unidos, 20% dos tatus da espécie estudada estão contaminados
A pós um trabalho de detetive, uma equipe internacional de cientistas parece ter solucionado um estranho enigma médico: por que dezenas de americanos contraem lepra, todos os anos, sem terem viajado a regiões onde a doença é comum? No sul dos Estados Unidos, o sequenciamento genético revelou que os seres humanos e os tatus compartilham uma bactéria em forma de bacilo que causa a lepra, ou hanseníase.
Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a infecção – que pode ficar incubada durante anos antes de se manifestar – era transmitida de uma pessoa a outra. Mas pesquisas atuais indicam que mamíferos com carapaça, cuja temperatura corporal (32ºC) faz deles hospedeiros ideais, podem contaminar quem os manipula e cozinha. Para Richard Truman, do Programa Nacional da Doença de Hansen (EUA), há muito se desconfiava de um vínculo entre a lepra e os tatus. O risco às pessoas é reduzido – só 5% dos seres humanos são geneticamente suscetíveis à enfermidade –, mas Truman recomenda cautela. No Brasil, os tatus estão entre as carnes silvestres mais consumidas.
Bibliografia:
http://viajeaqui.abril.com.br/materias/tatu-lepra-hanseniase
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